Em 2013 não meti a cara nas ruas. Hoje fui pra observar.
Vi que as manifestações, obviamente, não são um movimento de esquerda.
Vi que as manifestações, obviamente, não são um movimento de esquerda.
Foto: Fernando Benedito Júnior / Diário Popular
Mas também não se restringem aos caprichos da direita como dizem.
Foto: Carolina Camargo / G1
Vi muitas divergências, mil ideias diferentes... mas uma coisa eu vi em comum: a insatisfação.
Foto: TV Globo
Da mesma forma que fui contrário à reeleição da presidente no ano passado, hoje sou contra o seu impeachment. Existe algo chamado democracia, que deve ser preservado.
O que precisa de mudança é o sistema que sustenta toda a imundície política. Precisamos de reforma política.
Infelizmente, a cada dez palavras de ordem que ouvia, apenas uma tinha algum fundamento. E é por isso que não faço coro. A verdade é que somos ensaiados, manipulados à alienação. Esse é só o resultado de um sistema muito maior que há por trás. É isso que precisa cair. O sistema não carrega nome, não se chama Lula, nem Dilma, nem Renan ou Cunha...
Mas não adianta, PT, culpar a elite. Hoje vocês só estão pagando o preço do esquerdismo mequetrefe que vocês praticaram.
De que adianta um governo de esquerda que não faz REFORMA POLÍTICA, TRIBUTÁRIA, TRABALHISTA, EDUCACIONAL e nem MIDIÁTICA (sim, é necessário!)?!
De que adianta um governo de esquerda movido a política tacanha, baseado na chantagem e no toma lá da cá?!
Ô governo de esquerda, nós não queremos só comida...
Repito, esse é só o preço que vocês estão pagando pelas reformas que não fizeram. Estão tomando do próprio veneno. A colheita veio tardia, mas chegou.
12 anos é tempo demais. Evoluímos bastante, mas não o bastante. O Brasil quer, precisa e pode mais.
