Nesses dias em que lembramos o Golpe Militar de 1964 eu não quero olhar para trás, não quero lembrar os anos de chumbo, e sim os anos dourados que o sucederam.
Mas não posso esquecer dos heróis que enfrentaram e venceram a repressão, estes merecem todo tipo de homenagens e considerações. Com o braço deles o meu berço foi construído.
Qual prêmio pode ser maior do que olhar para trás e ver o tamanho da conquista? Hoje, somos uma nação livre e democrática (muito embora ainda desigual). Saímos da censura e até já ultrapassamos a liberdade de expressão (hoje vivemos no tempo da libertinagem). Isso é ruim, em outro debate. Aqui, agora, nesse texto, isso é positivo, muito positivo. Porque, se falta energia nas medidas políticas para conter tal libertinagem, é devido ao cuidado extremo para não constituir-se a censura, por mínima que seja. Essa palavra entrou, definitivamente, para o dicionário negro da língua portuguesa no Brasil. Não vejo outro país onde ocorra grandes manifestações populares e o Governo (embora não goste) apoie-o como "ato legítimo da democracia".
O Samba do Avião já anunciava, quão boa é a volta pra casa. E é esse sentimento que me desperta todo início de abril: estufo o peito e canto com orgulho o meu Brasil.
