segunda-feira, 30 de junho de 2014

#Brasil

#CURITIBA

#CUIABÁ

#NATAL

#MANAUS

#PORTOALEGRE

#RECIFE

 #FORTALEZA

#SALVADOR

#BELOHORIZONTE

#BRASÍLIA

#SÃOPAULO

#RIODEJANEIRO

"Moro num país tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza". A célebre fase de uma das músicas mais famosas da MPB sintetiza bem o espetacular solo brasileiro.
Somos um pouco vira-latas, é verdade, não valorizamos tanto aquilo que é nosso. Acredito que o mundo valoriza mais o Brasil do que o próprio brasileiro - de vez em quando.
Para essa Copa, muitos estão preocupados com a imagem que o Brasil vai passar de si mesmo para o exterior. O trânsito é um problema, a insegurança também, os improvisos de infraestrutura são muitos. Eu conheço os problemas do meu país. Mas, quer saber? Mesmo com todos eles, tenho orgulho em bater no peito e dizer que "sou brasileiro com muito orgulho e muito amor". O Brasil é assim mesmo, meio remendado (todo improvisado), mas ainda assim é maravilhoso e meu. Tá certo, nosso povo é um pouco defasado culturalmente, mas gentil e acolhedor. Enfim, não troco por nada.
A Fifa fez um vídeo para cada cidade-sede da Copa do Mundo de 2014, acredito que essas imagens podem nos lembrar um pouquinho mais de como somos um país lindo. Sem dever muita coisa pra ninguém. E, sobretudo, "abençoado por Deus e bonito por natureza".

A Fifa, nojenta que é, não permite exibição desses vídeos em qualquer site a não ser o YouTube. Então, seguem os links (vale a pena assistir):

#Curitiba: http://www.youtube.com/watch?v=awY4wIEbmxg

#Cuiabá: https://www.youtube.com/watch?v=v_oMn1kXVVk

#Natal: https://www.youtube.com/watch?v=QQBY0MV6qW0

#Manaus: https://www.youtube.com/watch?v=SfdF6oF6L34

#PortoAlegre: https://www.youtube.com/watch?v=wXYwaDAselQ

#Recife: https://www.youtube.com/watch?v=Fm8MMa9yTUI

#Fortaleza: https://www.youtube.com/watch?v=hIz_3dm3tPM

#Salvador: https://www.youtube.com/watch?v=mg8Fw9RtA-E

#BeloHorizonte: https://www.youtube.com/watch?v=qrFjPuJvUeM

#Brasília: https://www.youtube.com/watch?v=MYuW8euyM6U

#SãoPaulo: https://www.youtube.com/watch?v=QfwcGHj7Ats

#RiodeJaneiro: https://www.youtube.com/watch?v=gfOyoLq18z8

terça-feira, 17 de junho de 2014

Enfim, Chegou a Hora!

Os saudosistas e os apaixonados pelo esporte mais querido no país, sonham desde outubro de 2007. É hora de acordar, ao abrirmos os olhos, amanhã, será dia 12 de Junho de 2014.
Chegou o grande momento. Muitos duvidaram, muitos ainda duvidam, mas o Brasil conseguiu.

#VAITERCOPA


Fifa publica montagem com fãs de várias seleções (Foto: Reprodução)


... e é hoje!

Análise Política da Copa do Mundo no Brasil

Em meados da década passada, imaginava-se um Brasil exultante em receber uma Copa do Mundo. A estratégia do Governo foi "vender" a Copa para a população como se ela fosse a solução dos problemas de infraestrutura do país. Resumindo, fizeram da Copa algo que ela não é, uma medida eleitoreira. Não colou. O tiro saiu pela culatra.
Uma combinação improvável, desde a revolta oriunda de R$0,20 de aumento nas tarifas de ônibus em SP às manipulações sensacionalistas da mídia, despertou uma população que passou a enxergar (quase que do dia para a noite) uma infinidade de coisas erradas na administração pública. É sabido que esses problemas se estendem há muito tempo, mas a Copa se tornou o maior símbolo das contradições da sociedade brasileira. E de fato o é. Faz sentido um país ter estádios de primeiro mundo ao mesmo tempo que sua população dispõe de hospitais e escolas calamitosas? Não, de forma alguma. Nada justifica, concordo. Mas a culpa é da Copa? Tampouco.
É um equívoco colocar o investimento em infraestruturas urbanas na conta da Copa. Aliar o investimento em mobilidade, aeroportos e segurança com a Copa foi um erro. A contabilidade dos gastos com a realização do megaevento deveria considerar apenas a construção das arenas, seus entornos e as operações especiais necessárias durante a competição. Para a Copa do Mundo estão sendo investidos, por meio de financiamento do BNDES (verba pública federal) R$8Bi. Note que o BNDES existe justamente para financiar grandes obras (públicas ou privadas) com o foco no desenvolvimento da região em que estas serão implementadas, ou seja, quanto a isso não há contradição. Para a construção das arenas não está sendo tirada verba de nenhum ministério ou de qualquer outra área fundamental da sociedade, mas sim de um banco estatal que existe exclusivamente para este fim. É bom ratificar que, teoricamente, tudo que está sendo investido pelo BNDES será restituído pelos clubes e pelos Estados beneficiados (com juros). Os Estados podem, ainda, ceder a administração das arenas à concessionárias, além da exploração dos naming rights, estas significam oportunidade de retorno financeiro rápido. Analisando com um pouco de otimismo, é até bom negócio.
Não acredito na falácia de que, para investir nos estádios, o país está sendo defasado em outras áreas. É só compararmos o montante investido (não gasto) na Copa do Mundo - R$8Bi - e o orçamento previsto para os setores da saúde e da educação para o ano de 2014 (áreas mais reivindicadas nos protestos anti-Copa) - R$106Bi e R$104Bi, respectivamente. Esses valores são apenas para o ano de 2014. Sim, esta é a verba anual desses setores.
Fica evidente que o maior problema do país não é a falta de recursos, mas a péssima gestão dos mesmos. Esse problema fica nítido também na organização da Copa. As defasagens de governança na política brasileira são problemas crônicos. O roubo, o desvio, a corrupção, a falta de conhecimento técnico, a rígida burocracia, os interesses políticos... estes são os culpados. É devido a esses fatores que a escola do seu filho é como é; lembra do hospital que precisastes semana passada e não tinha leitos? Então, eis os causadores.
É incrível como o senso comum sempre nos direciona ao 8 ou ao 80. Enquanto o Governo apostou todas as suas fichas em fazer da Copa a " grande solucionadora dos problemas do país", parte da população insiste em crer que ela é a "maior culpada pelos problemas do país". Isso é contraditório. Um erro de estratégia por parte de nossa PresidentA e um erro de julgamento por parte de nossa população. A questão, na verdade, é mais simples, a Copa não é um problema nacional, tampouco pode solucioná-los.


Abaixo, aspectos positivos, negativos e algumas controvérsias acerca da realização da Copa do Mundo no Brasil:

PONTOS POSITIVOS:

* Efervescência Econômica

         - Upgrade no setor de turismo do Brasil. A Copa oferece a oportunidade de potencializar o país-sede como um polo turístico mundial. O Brasil é um país rico em belezas naturais, aspectos socioculturais, entre outros fatores que podem fazer dele um dos principais polos turísticos do mundo, e isso, notadamente, virá a fortalecer a nossa economia.
         - Mais de 1 Milhão de turistas estrangeiros estarão em solo brasileiro para acompanharem a Copa do Mundo de 2014. É um contingente imenso para um único mês. Procure calcular o quanto você gostaria em uma viagem internacional de 20 dias (média de tempo que cada turista deve ficar por aqui). Bastante, não? Multiplique por 1 Milhão e chegará ao montante que o Brasil capitalizará de dinheiro estrangeiro, por meio de seu comércio, serviços e impostos. Bilhões adicionais girando dentro da economia nacional.
        - A Copa do Mundo, por si só, intensifica o consumo. Uma Copa no Brasil, como já é notório para o comércio em geral, intensificou ainda mais. A exposição internacional da imagem de um país-sede de Copa do Mundo serve como uma catalisadora de investimentos estrangeiros. Isso significa oportunidade de atração de empresas multinacionais. Isso resulta em mais capital investido no mercado brasileiro,em mais empregos gerados, que aumenta a renda per capita, que faz crescer o consumo e a especialização da mão-de-obra = crescimento econômico.

* Geração de Empregos
        - Analisando friamente e somente as obras diretamente ligadas ao evento (estádios e entornos), já são mais de 50 mil empregos diretos. Número, notadamente, bastante considerável. É importante lembrar que o número de empregos indiretos dessas obras também não é pequeno, uma vez que uma grande obra exige muita infraestrutura: matéria-prima, setores administrativos das empresas envolvidas, suporte aos funcionários (comida, equipamentos, entre outros). Enfim, são impactos incalculáveis. O certo é que a grande demanda de serviços que envolve a realização da Copa do Mundo, gerou muitos empregos, diretos e indiretos, na iniciativa pública (obras) e privada (investimentos). Mais emprego, mais consumo, mais consumo, mais emprego = efervescência econômica.

* Infraestrutura Esportiva
        - Claro, o futebol não é uma prioridade nacional. Mas se esse papo de "legados da Copa" realmente existe, o legado é esse: a infraestrutura do principal esporte do país. Estádios modernos, seguros e confortáveis, e centros de treinamento de ponta. É inegável que o futebol é uma paixão nacional e, agora, os torcedores e fãs do esporte terão condições melhores de acompanhar os jogos. Não devemos desconsiderar, também, o grande mercado que o futebol representa para o país. Cada clube é uma grande empresa, fazem girar grande volume de capital no país e o Governo arrecada milhões em impostos devido à esses clubes. Então, não julguemos como "circo" algo que tem sua importância e valor cultural.

* Intercâmbio Cultural
        - A Copa do Mundo reúne dezenas de países em um só local. As ruas são tomadas por povos de diferentes culturas, cada um tenta deixar um pouco de suas tradições no Brasil e, ao mesmo tempo, levam na bagagem um pouco do Brasil. A Copa é uma rica experiência cultural. É o futebol como instrumento de união, paz e respeito.

* Integração Nacional
        - Gostem ou não da Copa, mas NADA une tanto a população brasileira quanto uma Copa do Mundo. Infelizmente essa mesma mobilização não é vista em forma de participação popular na política ou influência no Governo do país. MAS, a união em torno de uma equipe esportiva não é algo negativo, não é alienação, tampouco ignorância. Isso, RESPEITEM, é uma tradição, uma identidade cultural nossa há 64 anos.
O futebol não é um instrumento de alienação e a Copa não é uma manipulação política - por mais que o Governo tente utilizá-la desta forma. Entretanto, também não são a razão da vida de ninguém. Têm quem ser entendidos como o que de fato são: o futebol é um esporte e a Copa é um torneio e.
Não trata-se de política do circo, toda essa mobilização em torno da camisa amarela estrelada é um festejo popular e tem de ser respeitada. Gostem ou não, mas o brasileiro é um povo festeiro. E isso não é mal. Ruim é ser alienado. São outros 500. Imagine um país de proporções continentais, de norte a sul, de leste a oeste, com suas ruas enfeitadas, com os olhos fixos, com os corações em perfeita sintonia, tudo em torno de um mesmo ideal: torcer pelo nosso escrete, bordar mais uma estrela no peito canarinho, levantar mais uma vez a taça, ver o mundo rendido à genialidade de onze homens que SIMBOLIZAM a habilidade, a alegria, a raça e a paixão de um povo inteiro. O futebol não pode ser O símbolo nacional, mas é UM símbolo nacional legítimo e que há de ser respeitado.


CONTROVÉRSIAS:

* Gasto Público e "Legado da Copa"
        - A primeira falácia é que "a Copa custou R$35Bi", essa é uma estimativa superfaturada. Como já dito, a contabilidade dos "gastos" com a realização do megaevento deveria considerar apenas a construção das arenas, seus entornos e as operações especiais necessárias durante a competição. Dessa forma, o montante investido na Copa não ultrapassa R$10Bi. O investimento em aeroportos, transporte, mobilidade urbana e segurança já eram necessários com ou sem Copa e beneficiarão a população não durante o mês da competição, mas serão benefícios permanentes. Definir tais obras como "legados da Copa" foi a maior aberração do Governo Dilma. Tentou fazer a população de imbecil, literalmente. Como visto, não colou.
Contudo, destinar R$10Bi para a realização da Copa não é nenhuma atrocidade, visto que é um valor muito menos significativo para o cofre federal do que as manifestações sugerem, e a probabilidade de retorno financeiro é concreta.

* Copa Pra Quem?
      - Elitização do futebol? Ingressos a preços inacessíveis? Especulação imobiliária? Benefícios só para os magnatas? HÁ CONTROVÉRSIAS! Eis as tais:
Não trata-se de elitização do futebol, a Copa do Mundo é o momento mais importante desse esporte. Certamente a organização do evento tem de estar a altura de seu significado. A Fifa - sim, eu odeio a Fifa também, mas temos que assumir o que ela faz de bom - procura oferecer a melhor experiência aos espectadores do evento, seja para os torcedores que vão aos estádios ou para os bilhões que acompanham pelas TVs do mundo afora - astronautas também assistem. Acho isso legítimo - não que eu concorde com tudo que é feito para este fim -, mas tem seu custo.
Uma das maiores reclamações do torcedor brasileiro foi em relação ao preço dos ingressos. Falta fundamento para tal indignação. Obviamente, não é o mesmo preço de uma sessão de cinema e nem de uma partida entre Bangu e América, mas não podem ser considerados tão caros assim. Na verdade, se os bilhetes fossem cobrados à preço de mercado seriam muito mais caros. Basta lembrarmos que muitos jogos da Copa tiveram uma demanda 10x maior que a oferta, e não houve leilão e nem mudança de preços pela alta procura. Outra medida que há de ser exaltada - de certo que é uma pequena boa atitude, mas é positiva - é a meia-entrada oferecida para população de baixa-renda, idosos e estudantes. Isso aconteceu pela primeira vez em uma Copa do Mundo.
Especulação imobiliária é um grande problema, inegável. Mas é, contraditoriamente, o desdobramento de algo positivo: o desenvolvimento de determinada região. Algumas arenas foram construídas em regiões periféricas, como a Arena Corinthians, no bairro de Itaquera. Isso valorizou muito o local. O preço das propriedades aumentaram, os aluguéis também. Proprietários sorriem, locatários choram. É uma realidade triste que tem de ser solucionada, mas é um equívoco culpar o desenvolvimento. Com esse pensamento, teríamos de proibir construções de shoppings e universidades, que causam o mesmo efeito. Construir um estádio em uma região desvalorizada não é nenhuma atrocidade, pelo contrário. Mas, acredito que o Governo poderia ter tido um cuidado maior, visto que isso causa algumas consequências negativas. Poderiam ter sido construídas moradias populares nesses bairros, paralelamente à construção das arenas. Seria uma alternativa.
É certo que a Copa engorda muito marajá. As empreiteiras ganham e as redes hoteleiras também. É um desdobramento necessário. E isso não é mal. Afinal, esses magnatas empregam muita gente, aquecem nossa economia e contribuem com o desenvolvimento do país. Logo, os benefícios não se limitam aos grandes empresários. E tudo isso não é exclusividade da Copa. Todo grande projeto tem essas mesmas consequências. E, repito, não é mal.

* Elefantes Brancos
- Eis um dos pontos mais polêmicos da organização da Copa. O Brasil fez bem ou não em construir estádios em locais sem grande tradição no futebol (como Cuiabá, Manaus, Brasília e Natal)? A tão criticada  - inclusive pela própria Fifa - atitude do ex-presidente Lula em fazer questão de incluir essas cidades na Copa, para mim é louvável. Fala-se muito em interesse político, mas eu acredito que um evento desse porte, com a reconhecida importância histórico-social realmente merece envolver todo o país, pelo menos a maior parte possível. A indagação acima - Copa Pra Quem? - faria sentido se as regiões Norte e Centro-Oeste, por exemplo, ficassem de fora desse evento mundial que está sendo sediado pelo Brasil.
Claro, a utilização desses estádios não pode se restringir apenas à Copa do Mundo. Precisam de uma atenção especial a partir de agora. É necessário que sejam bem geridos para garantir sua utilização e consequente receita. Mas é perfeitamente possível. Os estádios foram construídos dentro do conceito de "Arenas Multiuso", possuindo estrutura para receber diversos tipos de eventos, como: shows, congressos, feiras, entre outros. Cada Arena é um potencial instrumento de efervescência turística, cultural e econômica, sendo catalisadoras de megaeventos nacionais e internacionais. E isso não é insignificante como sugerem as recentes manifestações. São mais equipamentos públicos para cultura e entretenimento, de qualidade, disponível à população das cidades-sede.
Outro ponto que causou alvoroço nos movimentos anti-Copa, foi o alto número de acidentes na construção das Arenas. Óbvio que este é um fato lamentável, entretanto não é um problema da Copa do Mundo. A falta de segurança em obras é um problema muito sério da construção civil brasileira. Acidentes como os ocorridos na construção dos estádios acontecem frequentemente em obras de infraestrutura urbana, edificação de empreendimentos públicos e privados, entre outros. Em tempo: a participação popular na cobrança de culpados e indenizações é completamente legítima, mas coloquemos os pingos nos "is", não é justo colocar na conta da Fifa um problema nosso.


PONTOS NEGATIVOS:

* Péssima Gestão

Eis o principal ponto negativo. O Brasil se propôs a organizar um megaevento desse porte tendo a consciência das grandes deficiências de governança da administração pública que possui. Muitos esforços foram feitos para possibilitar a execução dos projetos, mas faltou competência e esbarramos nos mesmos problemas de sempre.
Os erros começaram cedo. Em 2007 o Brasil foi eleito país-sede da Copa 2014, ou seja, 7 ANOS para a preparação do Mundial. A partir daí, foram dois anos de inércia. Somente em 2009 as cidades-sede foram escolhidas. Não obstante, após a escolha das sedes, ainda houve demora na elaboração de projetos e indefinição quanto aos estádios.
Somente em meados de 2011 os projetos, enfim, foram definidos e começaram a ser executados. Nesse momento, a mídia começou a mostrar preocupação, já víamos quatro anos praticamente desperdiçados no retrovisor.
Em 2012, quando a maior parte das obras começava a sair do papel, já tinha-se a consciência da necessidade de acelerar. Naquela época ainda ouvia-se falar em Trem-Bala, Metrôs, VLTs e VLPs, entre outros projetos que nitidamente levariam pelo menos cinco anos, mas eram prometidos para dois e meio. A iniciativa privada, que financiaria a construção dos estádios, escafedeu-se e o Governo teve de assumir a responsabilidade
2013 foi o ano da desilusão, vários "projetos contos-de-fada" foram descartados e  permaneceram os mais simples, e ainda sob dúvida de finalização, visto que a grande maioria seguia em fase inicial e a ritmo de tartarugas, incluindo os estádios. Muitas das obras estavam previstas para 2013, foi quando começou a avalanche de atrasos e adiamentos, deixando um panorama bastante preocupante, o que colocou em cheque a realização da Copa. A mídia intensificava as críticas e a população começou a duvidar do sucesso do evento. Quando a conta estava fechando, além dos atrasos, começaram a aparecer os superfaturamentos. Todo esse cenário motivou uma aura pessimista em torno do evento. Quando falava-se em Copa, não falava-se mais da expectativa de receber as grandes seleções, os melhores jogadores e os milhares de turistas. Quando falava-se de Copa vinha automaticamente à discussão os atrasos, as dúvidas e tudo quanto era erro em torno da preparação do evento. A Copa foi perdendo, pouco a pouco, a sua essência, o seu brilho. As manifestações de junho de 2013 vieram corroborar esse fenômeno.
Quando a água bateu no pescoço, em 2014, as coisas começaram a acontecer, uma série de medidas (tardiamente) foram anunciadas para que as obras acelerassem e tivessem condições de ser concluídas. Muitos projetos foram simplificados e vários outros não ficaram prontos a tempo do Mundial. Hoje, 11 de junho de 2014, há um dia da bola rolar, nem mesmo o estádio de abertura está completamente concluído.
Mesmo com os vários improvisos e "jeitinhos brasileiros" espalhados pelo país, estou certo de que temos plena condição de sediar uma Copa do Mundo. Não foi como o sonhado, nem como os projetos iniciais indicavam, mas temos um país preparado. Não temos os melhores aeroportos, tampouco as cidades mais bem urbanizadas do mundo, mas podemos organizar uma Copa, a Copa das Copas - como diz a Presidenta. Afinal, o que fará a diferença nessa Copa não será a infraestrutura, nem a organização do país, mas a personalidade de um povo que sabe conviver com respeito, alegria e paz, acima de qualquer discriminação. Estou certo de que não é a Presidenta que fará a Copa das Copas, mas o nosso povo, as nossas belezas naturais, a nossa maneira de viver, de vibrar, de festejar tudo e de recepcionar o estrangeiro.

* Exigências da Fifa

Esse é o lado ruim da Copa, os seus portadores oficiais. A Fifa é uma instituição obscura, e não é bom fazer parcerias com instituições sem transparência. Essa sim, é cheia de contradições, como pode uma organização sem fins lucrativos ter uma "reserva" de mais de R$1Bi?
O Brasil tinha de ter se protegido mais nessa relação. A Fifa fez praticamente o que quis sem restrições ou limitações. O próprio Governo brasileiro foi bastante ingênuo em todo esse processo, como se estivessem tratando de negócios com amigos íntimos. Sim, prefiro acreditar na ingenuidade. As isenções fiscais não foram exigências da Fifa, mas sim uma facilidade oferecida pelo Governo. Acredito que ceder um "test drive" gratuito para potenciais futuros investidores não é a pior das iniciativas, mas poderia ser evitada.
O problema maior é que em toda pendência da organização do Mundial, o lado mais fraco era o Governo, isso é demonstrou uma fraqueza e frouxidão injustificáveis por parte do Governo. As estruturas temporárias, que serão utilizadas pela Fifa, que ficarão sob administração da Fifa e que não servirá para absolutamente nada após a Copa, nós bancamos. Falta de cuidado e atenção na hora de assinar o contrato. Depois de assinado, realmente tínhamos de assumir os gastos. As Fan Fests poderiam ser divididas, mas nós, novamente, pagamos tudo. Nesse caso, não é o pior dos mundos, afinal trata-se de um evento festivo e cultural feita para a nossa população e para recepção dos estrangeiros. É compreensível que paguemos por isso, entretanto a Fifa deveria arcar conjuntamente, pois o evento também serve para divulgar a própria Fifa e os seus patrocinadores.

* Riscos Gerais
Riscos existem, mas estão aí para serem superados. A infraestrutura do Brasil, ainda distante dos países mais desenvolvidos pode causar algum prejuízo à imagem internacional. No entanto, acredito que isso não acontecerá. Ninguém vem para o Brasil esperando encontrar uma Alemanha ou uma Inglaterra em termos de organização. Imagino que o mundo irá se surpreender com a infraestrutura do Brasil, visto que somos conhecidos como país ainda subdesenvolvido ou em desenvolvimento. Até os muitos exageros que têm sido ventilados lá fora pode virar a nosso favor na hora h.
Creio que, para a imagem internacional, o que mais chamará a atenção serão as belezas naturais, a grandeza das cidades e toda a festa envolvida com o evento. Estou certo de que não passaremos vergonha, como muitos dizem. O Brasil não é um país desenvolvido e tem muito para avançar, mas temos uma infraestrutura urbana satisfatória e muito melhor do que a esperada pelos estrangeiros.
O principal esforço a ser implementado é a segurança pública. Com muitas pessoas a mais nas cidades, com um volume de circulação maior nas ruas, é necessário mais policiamento, sobretudo nos pontos mais movimentados e turísticos.
O que eu considero um verdadeiro risco à imagem do país são as manifestações. Acredito que elas não voltarão a acontecer com a mesma intensidade do ano passado, mas são barulhentas e um prato cheio para àqueles que estão à procura de algo negativo para publicar (são muitos), e podem refletir um povo muito menos simpático, alegre e amoroso do que o nosso esteriótipo indica. Não sou favorável a estereótipos, mas ser conhecido como um povo gentil e feliz não é nada mal. Em tempo: as manifestações populares são bem-vindas, representam uma parte muito bonita da democracia. Porém, da forma como têm sido feitas, afim de impedir a Copa e queimar o filme do próprio país, é, no mínimo ignorância. Sim, prefiro quer que é ignorância.
Os riscos fazem parte de todo grande projeto. Eles não devem impedir a execução desses projetos, mas funcionar como subsídios para o aperfeiçoamento. O Brasil não sediará a Copa perfeita, mas acredito que conseguirá contornar os principais riscos. Podemos e faremos, com o jeitinho mais brasileiro (para bem e para mal), a Copa das Copas.

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Cobertura Especial

A partir de hoje, o blog Brasil Em Panorama estará dedicado à cobertura da Copa do Mundo 2014.
Nenhum outro assunto está tão em evidência quanto a realização do megaevento no país. Abordaremos os aspectos positivos e negativos da organização, além de analisar cada uma das 32 seleções.
Está em panorama, nós mostramos.



#CopaDoMundo2014 #Brasil2014

domingo, 8 de junho de 2014

Ayrton Senna do Brasil



Mito. Ele revelou e, dentro de si, carregou o dna do Gigante Adormecido, Brasil. Ah, se o gigante acordasse e se lembrasse de que é um campeão, assim como seu filho mostrou...
Um cara, síntese de toda uma nação. Nação essa que encontra-se com crise de identidade, com uma pífia vergonha de mostrar suas caras. Ah, Ayrton, que venham outros como você para que esse povo se lembre que temos sangue guerreiro, ousado e alegre - marcas de quem não desiste nunca!
Pois esse dna, esse sangue e essas marcas, Ayrton, você já provou: são os antídotos da vitória!

Trabalhadores do Brasil.



'É mais que um samba o que se criou
É um hino ao povo trabalhador...
Nativa cor que foi presente
Pintou as dores da escravidão.
A resistência mudou de cor e renasceu
Na força e na fé do negro.
Nosso ideal de liberdade,
Cansado de ter nos ombros,
Descanso do senhor, ecoou:

Que o brasileiro tem o seu valor,

Meu Deus, ajude o trabalhador!

Comemora quem tanto lutou,

Terra para nossa gente cultivar democracia...
Quem faz a hora não espera acontecer
O suor dessa gente construiu esta nação
Verdadeiros filhos desse chão!'

(Vila Isabel, 2008)