terça-feira, 21 de outubro de 2014

Análise das Semis


Definitivamente, a Copa do Mundo de 2014 é a Copa das Copas.

Se você, como eu, gosta de presenciar uma boa história, então devemos estar satisfeitos. Uma Copa inesquecível passa diante de nossos olhos.

Se você, como eu, acredita que a dor da derrota é uma das partes mais belas do esporte, então devemos estar consolados. Presenciamos a derrota mais marcante dos 100 anos de Seleção Brasileira.

Consolados, sim. Conformados, não!

Derrota marcante, sim. Dolorida, não!

Não deu tempo de sentir a dor de perder a segunda oportunidade de conquistar uma Copa em casa. Não deu tempo de sentir raiva. Não deu tempo de ter reação alguma. Foi assim, morte súbita. Daquelas que o sujeito só sabe que morreu quando se vê diante do julgamento final.

Claro, farei outros posts comentando a derrota da Seleção. Mas, vamos ao que interessa a este post: as semi-finais.

A Alemanha, feito cobra peçonhenta, pegou de jeito a presa que estava feito criança inocente brincando pela selva. Ficou explícita toda a incompetência da comissão técnica brasileira. Menosprezou a melhor seleção do mundo e... 7x1.

O time alemão - friamente calculado - jogando em bloco anulou a Seleção. O Brasil, sabendo da característica de jogo do rival, em vez de fechar o meio de campo, preferiu lançar o levíssimo Bernard nas costas dos laterais alemães. Triste decisão. Ficou evidente toda a fragilidade da Seleção Brasileira. Junto com Neymar, o padrão tático do time foi embora. Mais pareciam onze desconhecidos tentando jogar bola depois do churrasco da comunidade. O Brasil, no seu maior desafio até aqui, tinha de ter consertado seu principal defeito: a distância entre as linhas de defesa, meio e ataque; só assim poderia fazer valer os 10% de chance que tinha de vencer. Mas o que vimos, mais uma vez, foi um time espaçado. Por diversas vezes durante o jogo foi possível notar cinco alemães (sempre em bloco) atacando e três brasileiros defendendo. 7 foi pouco. Uma aula tática colossal.

O que sobrou em Belo Horizonte, faltou em São Paulo. Um 0x0 entre duas equipes covardes marcou o outro lado da chave. Argentina, mesmo com toda sua potência ofensiva, decidiu jogar a Copa como time pequeno e como time pequeno chega até a final. Se arrastando pra vencer jogos, abrindo mão de atacar e jogar bonito, mas ganhando. A Holanda, que apareceu no início da competição como um time ousado e pra frente, agora recua. Depois do susto contra o México, já é o segundo jogo medroso do time de Van Gaal. Temeu demais a Argentina, se rebaixou e, dessa vez, não pôde contar com a sorte. Melhor para os hermanos, que enfrentarão a Alemanha na final.

Não teremos a oportunidade de voltar ao Maracanã após 64 anos. Teremos uma melancólica despedida em Brasília. Não sei como consegui escrever este post, mas não posso me abater tanto. Uma Copa histórica passa diante dos meus olhos. O sonho do hexa acabou, mas o sonho de ver uma Copa do Mundo no meu País ainda está de pé e o capítulo principal dessa história se aproxima.

Que venha a final!

#CopadoMundo2014

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