terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

As Campanhas até Aqui

As eleições de 2014 à Presidência da República mostram com clareza o atual cenário político brasileiro. Os candidatos de situação e oposição seguem a velha cartilha eleitoral, aquela que todo brasileiro já tem decorado: um ataca o presente, o outro ataca o passado. Quando saem disso, não vão muito além do previsível e do redundante. Por outro lado, o desejo de mudança tem levado um novo discurso à liderança nas pesquisas.

A candidata e Presidente Dilma Rousseff não se cansa de repetir as realizações do seu Governo e como conseguiu fazer para que os brasileiros pudessem viver em um país justo, equilibrado seguro e desenvolvido (oi?). Os questionamentos quanto ao porvir sempre são respondidos com vistas ao passado. Como se fosse dos melhores. Ocorre que ninguém parece estar interessado no que já tem...

... nem naquilo que já ouviu. Aécio Neves surge como mais um tucano chato e previsível. Os mesmos ataques, o mesmo discurso, a mesma política, zzzzzzz...

É comum no Brasil a política não falar a mesma língua da massa. Mas nessas eleições surgiu, enfim, um discurso diferente. Marina Silva tem se destacado pelas suas ideias, as únicas que realmente vão ao encontro do grito que está encravado na garganta da população. Seus discursos atendem a expectativa do povo, compreende suas necessidades e anseios. Parece a candidata mais próxima da realidade do País, não a “virtual” realidade da campanha petista. Ela muda o jeito de fazer política, muda a forma de explanar ideias, muda a maneira de utilizar a própria imagem e sai do lugar comum.

Marina é a única candidata que, mais do que anunciar mudança, de fato representa essa mudança. É a única candidata que parece ter escutado a voz das ruas. Única candidata que parece, de fato, viver no Brasil. Única candidata que parece querer fazer do Brasil um país melhor, não governar por luxo, vaidade ou poder. É a única candidata que conversa, que convence, que aponta o dedo na ferida e promete o “impossível”.

Parecer é importante, mas ser é fundamental. Aécio pode tentar, mas nunca transmitirá ares de juventude e inovação. Dilma pode continuar insistindo, mas jamais vai soar simpatia. Marina, notoriamente, não precisa recorrer aos velhos artifícios político-eleitoreiros para parecer digna e verdadeira. Ela não precisa de marketing, sorrisos amarelos, beijos em crianças e abraços em idosos, cara de dó para os pobres. Nada disso que está na cartilha.

Se dividíssemos a população entre aqueles que estão satisfeitos com a política e os insatisfeitos. Qual lado ficaria com mais gente? Muitos já perderam a esperança e desistiram da política... Outros votarão em Marina.

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