segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Desilusão

Justificar o injustificável? Sim, é necessário. Eu, como a maioria dos brasileiros, preferi acreditar que seríamos Hexa. Sabia que não éramos o melhor time, tinha consciência de tudo o que nos faltava para sermos um dos favoritos. Mas decidi acreditar. Uma Copa do Mundo em casa, talvez a única que eu verei em vida... não me dei outra opção. Considerei a ocasião especial demais para ser cético, preferi bancar o torcedor fiel.

Nada, além do hexa com um show de Neymar no Maraca em cima da Argentina de Messi, passou pela minha cabeça.

Acreditar. Essa também foi a estratégia da Seleção (idealizada por Felipão. Abraçada pelo grupo, comissão técnica e torcida), parecia genial. Acatei cegamente com o coração pulsando verde e amarelo firme e feliz. O brasileiro gosta de se sentir superior (isso também é uma forma de viralatismo) e não titubeou, como eu. Abraçou a ideia.

Essa estratégia, na verdade, foi um grande erro. A motivação se tornou um fardo. Até poderíamos ter vencido a Copa, tínhamos (pouca) chance. Mas deveríamos ter sido mais lúcidos, conscientes dos fatos, humildes... céticos.
Todos os jornalistas e torcedores do planeta tentam encontrar uma palavra para retratar esse fim. Eu fico com: DESILUSÃO.


Nenhum comentário:

Postar um comentário